sábado, 2 de fevereiro de 2008

As quatro verdades de Sidarta Gautama

1ª Verdade: A dor

O mundo é o reino do sofrimento e a nobre verdade que conduz ao sofrimento é esta:

  • A velhice é sofrimento,
  • a doença é sofrimento,
  • a morte é sofrimento,
  • estar ligado ao que se detesta é sofrimento,
  • estar separado do que se ama é sofrimento,
  • não se realizar o que se deseja é sofrimento.

2ª Verdade: A origem da dor

Demonstra a origem da dor
O desejo que nasce da ignorância é o desejo que conduz de renascimento em renascimento, acompanhado da avidez, da sede de existência ou da impermanência (instabilidade, inconstância).
Segue, com a produção continuada, a dependência das origens, o encadeamento das causas e efeitos, assim:

  • Da ignorância surgem as formações,
  • das formações surge o conhecimento,
  • do conhecimento surgem os nomes e os corpos,
  • e isto é a essência da própria individualidade,
  • dos nomes e dos corpos surgem os domínios,
  • isto é, os seis sentidos,
  • do domínio surge o contato,
  • do contato surge a sensação,
  • da sensação surge o desejo,
  • do desejo surge o apego à existência,
  • do apego à existência surge a própria existência,
  • da existência surge o nascimento,
  • do nascimento surge a velhice e a morte.

São as doze Nidânas.

3ª Verdade: A destruição da dor

Aponta os meios de destruir a causa do desejo, ou mais claramente, a própria dor, em si mesma, aniquilando e suprimindo a própria existência.
Essa supressão não se assemelha a um suicídio.
É a realização da "nobre libertação", que significa, o homem poder despedaçar as algemas que o prendem ao círculo do nascimento, mortes e renascimentos sucessivos, origem de todas as misérias desta vida.

Tal possibilidade está na 4ª Verdade.

4ª Verdade: O caminho que conduz à destruição da dor

É o nobre caminho das Oito Sendas:

  1. Fé perfeita,
  2. Vontade perfeita,
  3. Palavra perfeita,
  4. Ação perfeita,
  5. Meios de existência perfeitos,
  6. Aplicação perfeita,
  7. Memória perfeita,
  8. Meditação perfeita.

  • Se tem a Fé perfeita, não terá os horrores da incerteza.
  • Se tem a Verdade perfeita, não o alcançarão as misérias da fraqueza.
  • Se tem a Palavra perfeita, não molestará com linguagem venenosa.
  • Se tem a Ação perfeita, não ofenderá com o gesto inconsequente.
  • Se tem a Profissão perfeita, não pertubará a existência do próximo.
  • Se tem a Aplicação perfeita, colherá resultados perfeitos.
  • Se tem a Meditação perfeita, criará pensamentos puros.

Tal prática Aniquila o Karma, isto feito, extingue-se a concepção.

  • Pela prática do nobre caminho das Oito Sendas aniquila-se o Karma,
  • aniquilando-se o Karma, extingue-se a Concepção,
  • extinta a Concepção desaparecem o Nome e a Forma,
  • extintos o Nome e a Forma, não existem Domínios,
  • não havendo Domínios, cessam os Contatos,
  • não havendo Contatos, não há Desejos,
  • sem Desejos, desaparece o apego à Existência,
  • e com isto, não há razão para o Nascimento,
  • não havendo Nascimento, não haverá mais Velhice e Morte.

Isto feito, rompe-se a cadeia das causas e efeitos, e o homem alcança a Libertação, objetivo do Budismo.

A Lei do Karma

  • O Mal que me fazes não me faz Mal,
  • o Bem que eu faço me faz Bem,
  • o Mal que eu fizer me fará Mal.

Nenhum comentário: